As relações humanas são fatores fundamentais para nossa constituição e desenvolvimento. É sempre por meio dos outros e das trocas sociais que é possível nos estabelecermos como indivíduos. Todavia, estas relações não são sempre harmônicas e estáveis. Tendo em vista, as diferenças de cada pessoa os conflitos sempre estarão presentes. E quando a relação é entre casais que devem dividir juntos tantas coisas, as tensões podem aumentar...

Neste processo, é importante pensarmos como tem sido nossas relações, pensamentos e diálogos nestes momentos de tensão. Sempre tem aquela palavra que serve de gatilho para discussões acaloradas - é aquela que a gente fala sem querer (ou não) e logo em seguida, se arrepende. Pois o psicólogo Jeffrey Bernstein, especialista em terapia para crianças, adolescentes, casais e famílias, identificou um termo não muito óbvio que pode trazer negatividade para relacionamentos.

Antes de ver a resposta, consegue chutar qual é a palavra?

Bem, segundo Bernstein, nós deveríamos parar de dizer tanto... "Deveria"! Ele explica no site Psychology Today: "Consistentemente com os dogmas da terapia cognitiva, eu acredito que a palavra 'deveria gera uma dinâmica controladora e julgadora. Pensar 'deveria' sobre uma pessoa que você ama, ou estar do outro lado, recebendo um 'deveria', cria uma energia negativa e, com o tempo, pode ser tóxico para qualquer relacionamento - especialmente um amoroso".

Para o especialista, não é só a forma como os casais se comunicam que pode criar atritos, mas também os próprios pensamentos tóxicos que eles cultivam. E a palavra "deveria" poderia incitar isso. "Se você puder substituir os seus 'deverias' por 'gostarias', muitos pensamentos tóxicos poderiam ser evitados. Tente: em vez de dizer 'você deveria saber como eu me sinto', diga 'eu gostaria que você me escutasse nisso'. Em, vez de 'você não deveria trazer isso à tona', tente 'eu gostaria de considerar o que você está dizendo. Por favor, deixe-me pensar nisso por um tempo, antes de responder'", Bernstein afirma.

São apenas palavras, mas podem fazer muita diferença

Fonte da imagem: Ensino IP

Fonte do texto: Catraca Livre