A Psico (mente) + Pato (doença) + Logia (estudo) constitui-se enquanto uma disciplina científica ligada ao estudo dos processos psicológicos e suas alterações. Por meio da compreensão destes fenômenos e com base nos sistemas de classificação (nosologia) delimita-se, também, um campo para as intervenções e tratamento dos transtornos mentais. Na riqueza existente no funcionamento dos sujeitos, há diferentes interfaces com o estudo da Psicopatologia, como as noções de teorias da personalidade e das técnicas psicoterápicas que fundamentam as intervenções. Do mesmo modo, a Psicopatologia oferece a outros campos do conhecimento, como a psiquiatria, bases para a compreensão e intervenção com os fenômenos psicológicos e suas alterações.

Apesar de estar historicamente ligada a noção de normalidade, estudos e críticas a esta concepção rompem com a tênue barreira entre o normal e o patológico, resgatando o sujeito em sua complexidade e multideterminação, o que resulta em uma nova compreensão acerca dos processos mentais e suas "desordens". Assim, muito mais do que o estudo de fenômenos psíquicos "anormais", a psicopatologia deve ser compreendida como um campo de estudo e intervenção acerca dos fenômenos que envolvem o sofrimento psíquico. Neste processo, os estudos do campo da psicopatologia devem ser utilizados para compreender e intervir nas experiências singulares dos sujeitos e seus sofrimentos, manifestos como adoecimento, e não para meramente rotular e categorizar os ditos "normais" e "loucos".

Fonte: psicologia.com.br/colunista/15/" target="_blank">Stéfany Bruna