Por Larissa Vaz

Só quem conhece de perto a rotina de um paciente ou parente com algum grau de declínio cognitivo percebe o quanto é difícil sua adaptação às atividades de vida diárias.

É na tentativa de proporcionar um ambiente doméstico seguro para o paciente que os reabilitadores têm um cuidado especial na modificação do ambiente físico para ele. Os mais habilitados para isso são os terapeutas ocupacionais, mas cabe a nós todos uma reflexão sobre essas alterações.

Nós, psicólogos, estamos preocupados em otimizar as capacidades residuais (o que tem de preservado) do paciente, para que ele consiga o mais alto nível de desempenho possível das tarefas que deseja ou precisa realizar. Isso gera um salto em sua autoestima, o que ajuda demais na reabilitação. Também nos motiva a possibilidade de aliviar a sobrecarga de preocupações dos cuidadores, uma parte fundamental desse tripé que inclui ainda paciente e reabilitadores. A parceria dos cuidadores e seu bem estar é importantíssima para nós.

Sobre o que pensamos?
Sobre simplificação do ambiente, identificação de fatores de risco, modificações arquitetônicas, utilização (ou não) de equipamentos de tecnologia assistiva própria para incapacitados e utilização de equipamentos já disponíveis no mercado, desenvolvidos para outra população e diferentes objetivos, que podem ser aproveitadas para atender às necessidades desses pacientes.

Como fazemos?
Tentamos balancear as necessidades do paciente com as necessidades dos demais moradores da casa. A adaptação deve ser confortável e acolhedora para todos os membros da família, portanto, negociações serão feitas para atender aos interesses de todos.

Deve-se pensar na relação custo-benefício, mas principalmente nas relações humanas. E investir nelas.

Fonte: Ludovica