O senso comum atribui o hábito de roer unhas à ansiedade, mas novos estudos sugerem outra causa para esse comportamento: o perfeccionismo. Em um deles, publicado no Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry, pesquisadores analisaram a habilidade de controlar as emoções e comportamentos relacionados com a organização de 48 voluntários, metade deles com algum comportamento repetitivo focado no corpo, como roer unhas, arrancar os cabelos ou cutucar a pele. Estes marcaram, em comparação ao grupo de controle (sem nenhum desses hábitos), maior pontuação na escala que media perfeccionismo. Além disso, demonstraram inclinação a se sobrecarregar e a se sentir rapidamente frustrados com poucas atividades.

Os hábitos repetitivos, sugerem os autores, seriam uma forma de tentar aliviar o tédio, a irritação e a insatisfação. Os mesmos voluntários foram expostos a situações elaboradas para provocar quatro diferentes emoções: estresse (os cientistas mostraram um filme de um acidente de avião); tranquilidade (documentário sobre ondas); frustração (os pesquisadores apresentaram um quebra-cabeça bem difícil, dizendo que seria fácil montá-lo); e tédio (deixando os participantes sozinhos em uma sala). O primeiro grupo demonstrou comportamentos focados no corpo em todas as situações, exceto durante o filme relaxante.

Pesquisas anteriores sugerem que o hábito de morder e coçar, de fato, pode favorecer a sensação de bem-estar, mas somente temporariamente – o que talvez satisfaça a vontade do perfeccionista de fazer algo. Depois do alívio inicial, porém, essas pessoas costumam sentir dor, vergonha e constrangimento.

Alguns estudos demonstram que esse tipo de crença e comportamento pode ser amenizado com a terapia cognitivo-comportamental. Aprender a agir e pensar de forma diferente quando a tensão aumenta pode permitir interromper o impulso de roer unhas ou puxar os cabelos, por exemplo.

Fonte: UOL

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