O site Educar para Crescer publicou a matéria "Cinco dicas para ser um pai mais presente" destacando a figura do pai na relação com os filhos. Extraímos algumas informações trazidas pelo texto para que você possa construir um diálogo com as famílias a que tem acesso, conscientizando-as sobre o papel do pai, especialmente aos homens que serão ou são pais pela primeira vez.
Para começar, a reportagem afirma que pai e mãe não precisam ser iguais. Na verdade, cada um ocupa um lugar diferente na vida da criança. E assim é que deve ser.

Mas, que lugar é esse que a figura paterna ocupa na educação do filho? No caso de pais que ficam mais tempo ausentes (pais separados ou que trabalham em outra cidade), de que forma qualificar a participação no dia a dia das crianças?

A base da matéria é uma entrevista com três especialistas: Maria Inês Goulart, professora da Faculdade de Educação da UFMG, Cristiano Gomes, professor da Faculdade de psicologia da UFMG, e Joaquim Ramos, mestre em Educação pela PUC-Minas.

Eles afirmam que aquela ideia do pai provedor, que trabalha enquanto a mulher cuida da casa, não tem mais sentido. Ele tem a mesma responsabilidade da mãe em contribuir à formação de seus filhos, estando mais tempo ou menos tempo em casa. E essa mudança de patamar, ao que tudo indica, aconteceu pela reivindicação dos próprios pais que se deram conta do quanto perderiam se se mantivessem distantes dos filhos, já que a paternidade gera muito prazer e realização.

Outro aspecto apontado pela matéria é a troca que se dá no ambiente familiar, importante a todos os membros: ao mesmo tempo em que pai e mãe educam seus filhos, os filhos também ajudam os pais a se educarem.

As diferenças também precisam ser respeitadas. O jeito do pai é diferente do jeito da mãe. Brincadeiras, atitudes, linguagem… Cada um tem a sua forma, o que é muito salutar já que a criança nasce de duas pessoas distintas. Conviver com isso irá ajudá-la a perceber e respeitar as diferenças, dentro e fora do ambiente familiar.

Algumas dicas podem ajudar os pais a marcarem uma presença mais significativa na vida de seus filhos. Compartilhe-as:

Exemplo é tudo – isso é óbvio, mas, no dia a dia, muitos adultos se esquecem de que o que eles dizem e fazem serve de referência para seus filhos. As crianças vão aprender coisas boas e coisas ruins, a partir daquilo que presenciam e escutam de seus pais. Outro fator que influencia nesse aprendizado é o ambiente em que os pequenos estão inseridos.

Brincar sempre – cansaço, preguiça, muitas atividades… Nada pode atrapalhar esse momento entre pai e filho. É essencial que a brincadeira faça parte do cotidiano, isto porque ela é fundamental à formação da criança e está diretamente associada ao crescimento e ao desenvolvimento infantil. É no brincar que o pai pode observar, conhecer e entender melhor seu filho. Será que ele é mais impulsivo? Ou mais reflexivo? Ele é muito impaciente? Está feliz ou triste? Essas questões serão facilmente respondidas entre uma atividade e outra.

Presença de verdade – tem pais que fazem um monte de coisas pelos filhos. Levam pra lá e pra cá, compram brinquedos que eles gostam, inventam mil passeios, mas, na hora em que a criança realmente precisa, o pai está ocupado, não pode atendê-la. Por isso, mais do que fazer é preciso deixar claro ao filho, com ações e palavras, que o pai está com ele sempre. É importante ouvir a criança, considerar o que ela diz e o que ela pede, o que, de fato, ela necessita.

Bom de papo – o diálogo é importante em qualquer circunstância e relação. Entre pai e mãe ele é essencial, especialmente no que diz respeito à educação dos filhos. Em casa, é bom que o pai tenha a mesma autoridade que a mãe. Ou seja, a postura de ambos deve mostrar ao filho um equilíbrio sem passar um excesso de autoridade da figura paterna ou a submissão da figura materna, estereótipos mais do que ultrapassados e negativos.
Amor pra dar e vender – o carinho, o toque são importantes e precisam partir dos pais e das mães. Esse contato corporal, por meio do abraço, do beijo, ajuda a criança a se sentir amada e querida. Pai e mãe têm formas diferentes de demonstrá-lo, o que é bom, porque o filho deve experimentar maneiras diferentes de afeto. O que não pode acontecer é a ausência desse contato e, estabelecê-lo, é papel dos dois: pai e mãe.

Fonte: FMCSV