Por Eanes Moreira dos Santos Maciel

Essa é uma pergunta que ouço continuamente dos pais, das mães, de avós, dos tios, entre outros membros da família.

Reflita sobre ela e responda com um sim ou um não.

Você acredita que a separação afeta as crianças?

Respondeu? Agora fica com a resposta no seu coração.

Ao contrário do que os adultos pensam, os filhos percebem as crises e dificuldade na relação dos pais mesmo quando não gritam e nem brigam na frente deles. Imaginem se têm "guerras" entre os pais dentro de casa?

Na maioria dos casos, as crianças presenciam cenas violentas de medo, angústia e insegurança. Como resposta de certa forma inconsciente e por não conseguir expressar, se isolam ou passam horas no quarto; quase não falam, outras aumentam a solicitação e/ou adoecem. O pai e mãe transtornados com os conflitos do término do casamento não entendem ou acolhem as necessidades dos filhos.

Nesse período em que os pais estão em meio a tanta confusão e têm tão pouca disponibilidade para os filhos, é essencial que a criança tenha uma noção de continuidade de vínculos afetivos e possa contar com o apoio de pessoas importantes para ela, que consigam ouvi-la e proporcionar proteção e aconchego, assim como alguma sensação de estabilidade e segurança num momento de vida cheio de perdas e impactos.

Como está o seu filho neste momento?

É formidável que as crianças saibam que suas necessidades básicas continuarão a ser atendidas e que elas sejam compreendidas. Outra situação que os filhos são afetados são a falta de dinheiro e readaptação a outros locais de moradia, às vezes precisam dividir quartos com irmãos ou até mesmo primos.

Atenção, família! Não subestime a criança, ela entende tudo que está passando ao seu redor.

E aí, sua resposta foi certa?

Finalizo minha reflexão com a frase da Maldonado "Os filhos, mesmo quando são bem pequenos, captam o clima pesado de tensão e mal estar que predomina em casa, mesmo quando não brigas explícitas".

Fonte do texto e da imagem: Descobrindo Crianças