Sobre sexo e desejo cada um tem suas preferências e o que acontece entre quatro paredes diz respeito somente aos envolvidos, sempre que seja de comum acordo e entre pessoas capazes de decidir e com discernimento, verdade?

Muitos dirão que sim! Outros levantarão a bandeira do "não", justificando que há comportamentos que não são normais e que não passam de um tipo de perversão. Mas será que sabemos do que estamos falando quando usamos o termo perversão? Trata-se de uma doença?

Preparamos este artigo justamente para desmistificar as perversões sexuais e indicar em quais casos, segundo os especialistas em psicologia, esses comportamentos devem ser encarados como distúrbios sexuais, que precisam ser tratados.

O que é perversão sexual?

Para começar, o termo caiu em desuso, sendo substituído por parafilia.

Trata-se de um comportamento sexual que foge aos padrões previstos e "permitidos" pela sociedade, como uma pessoa que tem fixação sexual por determinado objeto ou que sente prazer ao espiar outra pessoa.

O que muita gente não sabe é que o fato de adotar um comportamento sexual diferente será visto como uma doença somente se for a única forma que a pessoa tem para conseguir viver a sua sexualidade.

Por exemplo, um homem que gosta de colocar salto alto para fazer sexo não é doente se o comportamento for um fetiche, ou seja, se ele conseguir ter prazer mesmo estando sem o salto alto. Essa perversão sexual, porém, vira doença e precisa ser tratada se esse homem somente conseguir manter relações sexuais satisfatórias quando o objeto do fetiche estiver presente.

Mas é importante saber que grande parte das pessoas que têm algum tipo de parafilia tende à imposição, ou seja, é um problema que precisa ser tratado, porque se não há consenso entre os envolvidos.

Quais são as perversões sexuais mais comuns?

Quem trabalha com sexualidade e comportamentos sexuais costuma coincidir em que as parafilias são mais frequentes em homens que mulheres. Listamos a seguir quatro categorias muito comuns:

voyerismo - é quando alguém sente prazer e excitação ao espionar pessoas durante o sexo ou quando trocam de roupa, por exemplo, sem que essas saibam que estão sendo observadas.

fetichismo - é quando alguém tem seu prazer sexual despertado por objetos específicos, por exemplo, luvas ou sapatos. O homem pode pedir para a parceira colocá-los durante o sexo ou usá-los ele mesmo, numa espécie de fetichismo transvéstico (quando um homem heterossexual usa roupas e acessórios femininos para se excitar, masturbar ou ter uma relação sexual).

sadismo - é quando uma pessoa sente prazer ao provocar dor em alguém durante a relação sexual ou preliminares, seja física ou psicológica.

masoquismo - é quando uma pessoa sente prazer em sentir dor durante a relação sexual ou preliminares, seja física ou psicológica.

Cuidado! Tem perversão sexual que é crime

Se desde a perspectiva psicológica podem ser entendidas como mais uma atitude sexual não aceita pela sociedade, algumas parafilias ferem a legislação brasileira e podem supor problemas legais e condenações aos autores.

Estamos falando da pedofilia e do frotteurismo:

pedofilia - ter fantasias eróticas e manter uma atividade sexual com menores, seja por fotos, toques, carícias ou penetração.

frotteurismo - quando o homem precisa esfregar seu pênis em outra pessoa para ter prazer. A pessoa deve estar vestida e não dar seu consentimento. Casos assim normalmente acontecem em ambientes com muita gente, como metrôs ou ônibus.

É importante lembrar que, mesmo não sendo necessariamente uma doença, a perversão sexual pode gerar problemas de relacionamento, afetar a autoestima e desencadear diversos traumas. Por isso, é importante recorrer ao apoio psicológico sempre que haja a necessidade compreender as origens desse tipo de comportamento e trabalhar a aceitação.

Fonte: Mundo Psicólogos

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