Uma pessoa desenvolve TEPT quando, após algum evento traumático, começa a ter diversas lembranças do acontecimento, ou passa por alguma situação que tenha características parecidas com a do evento traumático, e isso provoca nela sensações de medo, tristeza, ansiedade e dor. A pessoa também passa a apresentar sintomas de evitação, deixando de fazer determinadas coisas, não indo a lugares e nem se expondo às situações que fazem com que ela se lembre do trauma e que tenha tais sensações.

Quem vive em uma grande metrópole como São Paulo está diariamente sujeito a diversas situações de grande violência, como assaltos, sequestros, assassinatos e acidentes de carro. São situações de grande estresse, que podem nos levar a desenvolver TEPT sem que percebamos. Inicialmente até confundimos algumas evitações com meros cuidados, mas com o tempo a situação pode ir se agravando, e o simples fato de assistir uma cena na televisão ou ver uma reportagem em um jornal pode desencadear todas as sensações ruins vivida naquele momento. Outras situações de trauma também podem fazer com que o individuo desenvolva TEPT, como catástrofes naturais, graves acidentes de trabalho, entre outros.

Muitas vezes, esses sentimentos de medo e ansiedade nos fazem perder momentos muito bons e importantes na vida, o que gera muita dor e tristeza, e pode desencadear um processo depressivo ainda mais grave.

Nesses casos a análise do comportamento pode ajudar muito, sendo um lugar acolhedor no qual o indivíduo pode falar abertamente sem receio de ser criticado ou ridicularizado por seus medos e sensações. A psicóloga também se utilizará de técnicas para promover uma mudança comportamental. Uma técnica muito utilizada nesses casos é a dessensibilização sistemática, composta por quatro etapas: treino de técnicas de relaxamento, elaboração de uma escala hierárquica de ansiedade, planejamento de exposição gradual ao evento que traz sensações ruins, juntamente com o relaxamento. O objetivo final é a superação do trauma e a retomada da normalidade na vida do paciente.

Autora: Ingrid Machado

Fonte do texto e da imagem: Psicólogos Berrini