A Ordem dos Psicólogos confirma que é certo que pelo menos grande parte dos psicólogos das escolas não poderá fazer a exigida avaliação psicológica aos milhares de candidatos que devem surgir para as mais de mil vagas para novos funcionários não-docentes.

Uma exigência que, como noticiou a TSF, está a levantar dúvidas e críticas dos diretores escolares.

O bastonário dos psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues, diz que é um aspeto positivo exigir esta avaliação psicológica dos futuros funcionários escolares. No entanto, essa é a única parte boa desta medida.

Em primeiro lugar, o representante dos psicólogos sublinha à TSF que estes profissionais são poucos nas escolas e estão carregados de trabalho, sendo difícil perceber como ainda vão arranjar tempo para esta tarefa. Em segundo lugar, muitos dos psicólogos escolares têm contratos precários que podem acabar a meio do processo de seleção dos eventuais futuros funcionários.

Francisco Miranda Rodrigues recorda ainda que centenas de psicólogos estão contratados pelas escolas através de programas específicos, nomeadamente europeus, com tarefas que estão bem especificadas e que não podem ser ultrapassadas.

Finalmente, o bastonário sublinha que os psicólogos nas escolas não estão habituados a este tipo de tarefas de seleção de pessoal, pois "os instrumentos de avaliação psicológica que há nas escolas são para a comunidade educativa (crianças e jovens)".


Fonte de texto e imagem: www.tsf.pt