Pessoas que possuem crianças em casa costumam ter como uma de suas preocupações a alimentação saudável de seus entes queridos. No entanto, não é sempre que os filhos ou filhas estão dispostos a comer todos os alimentos que estão no prato e é neste momento que seus responsáveis acabam cedendo e dando alimentos não saudáveis como: guloseimas, refrigerantes, frituras e outros. Acontece que para a criança que possui transtorno alimentar o consumo desses alimentos ricos em gorduras e conservantes não são nada convidativos.
De acordo com a pediatra da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Wylma Hossaka, diversas crianças não sentem fome e muitas vezes podem ter aversão aos alimentos. Recusam até guloseimas como o chocolate. "O transtorno alimentar infantil compromete o desenvolvimento da criança. Não é uma condição frequente, mas é preciso estar atento, pois pode trazer repercussões definitivas, como alteração no crescimento", alerta a médica.
Não há idade certa para a manifestação do transtorno alimentar, sendo assim, pode aparecer em bebês, crianças e em pré-adolescentes. Os sintomas variam entre falta de apetite, fraqueza, mudanças de humor e atraso no crescimento. Quando mais de um desses sintomas aparecem é sinal de que é preciso procurar um médico para uma orientação nutricional.
Segundo, Armando Ribeiro, psicólogo e coordenador do Programa de Avaliação do Estresse da Beneficência Portuguesa, é comum os pais negarem o problema e só procurarem ajuda quando os sintomas são intensos. "O surgimento do transtorno alimentar infantil é multifatorial. Costuma ser uma associação de fatores genéticos, culturais e traumáticos" comenta.
Tratamento
O tratamento recomendado é multidisciplinar e envolve profissionais de diversas áreas da medicina, tais como: pediatria, psicologia, nutrição, entre outros, além, é claro, do componente familiar. De acordo com a pediatra Wylma Hossaka, os pais têm um papel fundamental nesse processo de acompanhamento. "É preciso que tenham calma, paciência, comecem a regrar os horários, e façam acompanhamento com os especialistas".
Uma boa aliada para ajudar no tratamento é usar a criatividade, na qual, pode ajudar na hora das refeições das crianças. Levá-los para cozinhar, mostrar e explicar sobre os alimentos, fazer feira e supermercado com os pequenos são algumas atitudes capazes de despertar o apetite e auxiliar no tratamento do transtorno alimentar.
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Fonte: O Tempo
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