A hora do jogo diagnóstica, fundamentada principalmente por teóricos psicanalistas, é um recurso e instrumento técnico que possibilita a compreensão da realidade e do funcionamento psicológico da criança. Nesta atividade o brinquedo se torna um mediador que possibilita à criança representar suas fantasias, projetar seus conflitos e atualizar suas relações no aqui e agora.

Esta atividade deve ser realizada de modo estruturado, ou seja, com tempo e espaço delimitados, com papeis explicitados e com uma finalidade específica. Assim, para realizar esta avaliação da criança, o psicólogo deve contar com uma sala e com materiais adequados. A sala deve ser ampla, com pouca mobília, bem iluminada e higienizada. Os materiais devem ser diversos como, brinquedos, jogos, tintas, e podem estar dispostos de modo estruturado ou não (algumas diferenças na realização desta avaliação estão relacionadas às abordagens teóricas diversas escolhidas pelos profissionais).

No processo avaliativo o psicólogo pode, ora assumir o papel passivo de observador, ora assumir o papel ativo na condução das atividades e formulação de hipóteses. Durante a atividade, o psicólogo buscará analisar alguns fatores, sendo eles: o modo como a criança escolhe os brinquedos; a motricidade; a criatividade e os recursos simbólicos; a tolerância à frustração; a adequação à realidade; a modalidade da brincadeira, entre outros. Esta atividade avaliativa é fundamental, pois avalia a criança de modo adequado, respeitando seu modo de expressão e buscando compreendê-la em sua realidade: o universo simbólico e lúdico.

Autora: psicologia.com.br/colunista/15/" target="_blank">Stéfany Bruna