O mercado oferece muitas opções de jogos infantis. Chega a ser difícil escolher entre tantas alternativas, sendo você adulto ou criança. Mesmo com tanta variedade, os especialistas reforçam que, quando o brinquedo é construído pela criança, o resultado é muito mais interessante.

"Quando a criança inventa um jogo, ela deixa de ser expectadora e passa a ser protagonista tanto da construção como da brincadeira", explica a pedagoga Márcia Murillo.

Para Márcia, é importante que a criança participe ativamente das atividades cotidianas que realiza e que seja atuante, se sentindo parte importante de tudo aquilo que fizer. Pensar, planejar e construir o jogo estimula a criatividade e o desenvolvimento da responsabilidade e da autonomia, além de fazer com que a criança tenha um carinho especial pelo que ajudou a construir.

"Por que criar um jogo com uma criança, e não comprá-lo pronto? Aquilo que a criança ajuda a construir tem um valor imensurável. O comprado também tem valor, mas é muito fugaz", explica a pedagoga. "Sem dizer que um dos momentos mais ricos e importantes desta atividade é o encontro entre crianças e adultos para a exploração daquilo que foi feito", enfatiza Márcia.

Os jogos podem ser dos mais diferentes tipos, entre estes, podemos destacar:

Jogos pedagógicos: são pensados com a finalidade de oferecer à criança uma experiência de aprendizagem relacionada a algum tema específico como, por exemplo, o conhecimento das cores;
Jogos de construção: proporcionam espaço onde a criança pode estimular a sua criatividade através da construção de objetos, formas ou desenhos;
Jogos tradicionais/ folclóricos: todos os que privilegiem aquilo que é tradicional de um povo, de uma região, e que possam traduzir as manifestações livres e espontâneas das pessoas.

Sugestões de jogos

Proponha que o jogo tenha alguma relação com um assunto que esteja muito vivo no cotidiano da criança (por exemplo: alfabetização, animais, partes do corpo, palavras em inglês, etc.). Converse com os professores de seus filhos, buscando encontrar assuntos dinâmicos e atuais, de acordo com o momento que eles estejam vivendo;
Pense na construção das regras do jogo. Considere jogos que não visem tanto à competição, mas sim a cooperação entre os participantes;
Sempre tenha em casa uma caixa com diferentes produtos, facilitando o acesso a diversos materiais: sementes, tampinhas, barbantes, fitas, embalagens plásticas, papeis mais resistentes, folhas diversas, colas, tesouras, lápis, canetinhas hidrocores, entre outros.
Um jogo da memória com fotos da família é uma boa opção para começar. Outra ideia são quebra-cabeças feitos com caixas de cartão reutilizadas e imagens de revistas. Basta colar as imagens no papelão e depois cortar em peças, formando assim, um quebra-cabeça.

Fonte: Criando Crianças