Filhos de fumantes têm quarto vezes mais chances de desenvolver problemas no coração quando se tornarem adultos. E o perigo continua existindo mesmo se os pais limitarem a exposição do filho à fumaça, dizem os pesquisadores. O único jeito de proteger totalmente as crianças é não fumar e ponto.

O estudo começou na década de 80, quando amostragens do sangue das crianças foram congeladas. Nos anos 2000, foram feitos ultrassons nessas pessoas, já adultas, para verificar suas artérias carótidas e relacionar os resultados com os níveis de cotinina contidos no sangue. A cotinina indica a exposição ao fumo passivo.

A pesquisa mediu se suas artérias carótidas começaram a ficar mais estreitas ou bloqueadas devido ao acúmulo de placa na idade adulta, processo chamado de aterosclerose.

O risco de desenvolver placa carótida na vida adulta era quase duas vezes (1,7) maior nas crianças que tinham dois pais fumantes se comparadas às crianças sem pais fumantes. Os filhos dos pais que fumavam e não limitavam a exposição dos filhos à fumaça do cigarro tinham muito mais risco – 4 vezes mais.

"Embora a gente não possa confirmar que a cotinina detectada no sangue das crianças fosse resultado do fumo dos pais, sabemos que a principal fonte de fumo passivo de uma criança é a própria casa", disse o autor do estudo, Dr Costan Magnussen, da University of Turku. Ele lembra que, em caso de pais fumantes, é melhor evitar fumar em casa, no carro ou perto das crianças. Mas a opção ideal é parar de fumar.

Dentre tais questões cabe aos adultos ações conscientes que não prejudiquem passivamente aqueles que não são resposáveis por tais atos.

Fonte: PAIS & FILHOS