Através desta charge é possível refletir o processo de normatização e patologização que ocorre na educação, em que as crianças são rigidamente rotuladas e marginalizadas. Avaliamos e julgamos essas crianças de acordo com os nossos parâmetros pessoais, como se realmente houvesse um modelo daquilo que é "normal". Neste contexto, o que é diferente ou foge à norma é dito como patológico.

A sociedade reforça tais atitudes estabelecendo, ainda que implicitamente, padrões ideais: o aluno ideal, a família ideal, o profissional ideal, etc. As diferenças são cruelmente tolhidas, transformadas em transtornos ou utilizadas como a matéria-prima para o bullying. A charge faz a ilustração no contexto da educação, todavia, as crianças podem sofrer tal imposição normatizante em outros contextos, como na própria família. É como se os pequeninos fossem uma massinha de modelar e o molde perfeito fosse o nosso.

Uma criança que não é compreendida em sua singularidade tem seus potenciais reprimidos, pois é desvalorizada no reconhecimento de suas capacidades e limitações pessoais. Que seja o mais tímido ou o mais extrovertido, o mais hábil ou o mais lento, o organizado e o bagunçado... o importante é saber que diferenças existem e devem ser respeitadas!

Fonte: psicologia.com.br/colunista/15/" target="_blank">Stéfany Bruna