O desenvolvimento da criança está também relacionado com as expectativas e experiências parentais de se gerar e criar um novo ser. Antes mesmo de nossa existência e materialização no mundo, já existimos enquanto realidade psíquica, visto que há em torno do novo bebê que virá uma séria de idealizações que vão desde o nome, o quartinho e os sonhos para o futuro pessoal e profissional. Logo neste momento inicial, já existem diferentes tipos de pais: aqueles que tentam freneticamente e entram em êxtase com a notícia de que vem aí um bebê, aqueles que são pegos de surpresa, entre outros. Todos estes fatores já vão influenciando na construção deste novo papel, mas não só estes, como também questões mais remotas e complexas como: o tipo de filho que se foi, o tipo de pais que se teve, a cultura em que se vive, etc.

O filhote do homem é, por natureza, frágil e debilitado, necessitando do outro para sua constituição e desenvolvimento. Assim, o vínculo do bebê com seus cuidadores será fundamental para seu adequado crescimento. Neste processo, ressalta-se a importância da esfera afetiva que constituirá esta ligação. Sabe-se que nenhum bebê é totalmente desejado ou rejeitado, mas é neste misto de emoções que os pais devem ir construindo seus novos papéis frente à maternidade e paternidade. Para além de receitas, compreende-se que diante da condição do bebê este necessita de um amparo físico, afetivo e social para se desenvolver saudável e seguro. Isto requer dos pais uma disposição para mergulhar na descoberta desta nova aventura que é tornar-se Mãe e Pai!

Fonte: psicologia.com.br/colunista/15/" target="_blank">Stéfany Bruna