Para os desavisados a graduação não é tudo! Pode até ser, para os que se dão por satisfeitos com sua formação de 3º grau. Mas o mercado de trabalho, cada vez mais especializado e com cada vez maior demanda por profissionais que dominem campos específicos do conhecimento, tem despertado nos profissionais a necessidade por continuarem a sua formação.

O objeto de estudo da psicologia, por mais indefinido que seja, perpassa em todas as abordagens por um ser humano concreto, cujo comportamento, consciência, psique, ou o nome qualquer que se possa dar, está em um mundo dinâmico que se altera, modifica, se reinventa sempre, trazendo com isso a necessidade de atualização do saber dos profissionais que com tal ser humano lidem.

Como nós psicólogos sabemos, a nossa graduação, via de regras, é um espaço plural de formação, onde nos deparamos com diversos tipos de teorias, que variam desde o espectro anatômico e morfofisiológico do ser humano, até às teorias filosóficas e humanistas. Em cinco anos (tempo médio de formação do psicólogo) passamos por diversos tipos de leituras que nos capacitam a nos tornarmos profissionais generalistas do conhecimento psicológico, ao passo que, com o decorrer do curso vamos aperfeiçoando em uma abordagem ou campo específico do conhecimento para fazermos nossa monografia, ou trabalho de conclusão de curso.

Ao fim, saímos com uma formação que nos capacita a trabalhar com os diversos tipos de campos e necessidades humanas, porém, nos deparamos cada vez mais com a complexidade destes e vemos que, a atualização é necessária para que possamos ser mais eficientes e diretivos no tratamento de tais necessidades.

Existem dois tipos de pós-graduação: as Lato-Sensu e as Stricto-Sensu. A pós-graduação do tipo "Lato-Sensu" são aquelas que conhecemos como "especializações", que nos tornam aptos a atuar com maior propriedade em campos específicos do conhecimento. A pós-graduação do tipo "Stricto-Sensu" são divididas em Mestrado (2 anos) e Doutorado (4 anos), que habilitarão o profissional a dar aulas nas universidades, sendo que o mestre é apto para lecionar na graduação e nas "Latu-Senso", e o doutor na graduação e nas pós-graduações de todos os tipos.

Mas como escolher qual fazer? Simples! Saiba qual o tipo de resultado que você quer: se quer ser melhor valorizado no mercado de trabalho, no quesito de ter maior facilidade e abertura de possibilidades para trabalho, e ter um relativo aumento salarial, as especializações são mais recomendadas. Agora, se quer ser professor universitário ou, trabalhar com pesquisa científica, Mestrados e Doutorados são as opções viáveis (estes são mais concorridos, mais difíceis e mais complexos), pois estas são as que habilitam o profissional a ser um formador de outros profissionais. Apesar de serem "um degrau" além das especializações, Mestrados e Doutorados possuem menor acesso ao mercado de trabalho geral, sendo que seu aproveitamento é muito maior na universidade, podendo ser aproveitados também, a título de melhor salarial, em cargos de concurso público.

Ou seja, além de fazer o profissional mais atualizado, e detentor de maior conhecimento e propriedade na área de trabalho escolhida por este, a pós-graduação é um elemento importante para a valorização deste profissional, no quesito salarial e nas possibilidades de abertura de mercado de trabalho.

Imagem: Google Imagens

Fonte: psicologia.com.br/colunista/13/"" target="_blank">Colunista Murillo Rodrigues