A avaliação neuropsicológica envolve o estudo detalhado de funções cognitivas, emocionais e comportamentais utilizando-se de um conjunto de testes e procedimentos padronizados. Basicamente, ocorre a combinação de instrumentos clínicos da Neurologia e da psicologia (clínica e psicometria) com objetivo de mapear processos cognitivos básicos e complexos (elementares e superiores).

Tendo em vista a diversidade e a complexidade das funções, a avaliação neuropsicológica é indicada e utilizada, sobretudo, nos seguintes casos: acompanhamento de demências; déficit cognitivo pós-traumático- AVC /TCE; déficit cognitivo pós meningo-encefalites; pós intoxicações; consumo de álcool e drogas; dificuldades de aprendizagem; quadros epiléticos; neoplasias; TDA/H; esquizofrenia; transtornos abrangentes do desenvolvimento; objetivos de formulação de diagnósticos; acompanhamento e documentação do estado do paciente em tratamento; confecção de documentos legais; orientar programas de reabilitação cognitiva; e, na pesquisa clínica.

A bateria neuropsicológica deve ser montada de modo flexível, considerando o objetivo da avaliação e o perfil do paciente. As técnicas psicológicas utilizadas são: entrevista/anamnese, observação naturalística, hora de jogo diagnóstica; testes padronizados definidos em função da idade, grau de escolarização e condições subjetivas, entre outras. O mapeamento do perfil psicológico do paciente busca abranger o funcionamento de tais funções: praxias, atenção, percepção, memória, linguagem, raciocínio, viso-construção e funções executivas.

Referências: Cunha, J. A. (org). Psicodiagnóstico. 4ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 1993.