A dislexia é um transtorno que afeta o aprendizado. A pessoa tem problemas para decodificar as letras do alfabeto, tem dificuldade em todas as atividades que estão relacionadas com a leitura e, exatamente por isso, não consegue ter o mesmo desempenho que os demais.

Na ampla maioria dos casos, a dislexia é detectada ainda no período de alfabetização. Veja a seguir os principais indícios do transtorno e entenda como agir para enfrentá-lo.

Entendendo a dislexia

Trata-se de um transtorno genético e hereditário, que compromete a capacidade de ler e escrever de forma correta. O problema tem origem neurobiológica, se manifesta na infância e pode perdurar durante a vida adulta.

Como é provocado por uma alteração no cromossoma, é normal que mais de uma pessoa na família tenha dislexia. Muitos especialistas coincidem em que o primeiro sinal do problema costuma ser a dificuldade na fala.

A criança demora mais para começar a falar e desenvolve problemas na percepção fonética, ou seja, começa a pronunciar palavras errado porque não consegue assimilar os sons básicos das sílabas e letras.

Num quadro de dislexia é normal que a pessoa confunda a direita com a esquerda na organização espacial, o que a leva a escrever de forma invertida (tatu por "tuta"). Outro comportamento frequente é o uso trocado de letras com grafia similar (b por d, m por w, p por q).

Quem tem este transtorno habitualmente omite letras ou sílabas, além de necessitar acompanhar a linha com o dedo durante a leitura, como tentativa de não perder o fio da compreensão.

O transtorno pode se manifestar em diferentes graus e normalmente provoca um atraso escolar, mesmo em crianças com inteligência normal ou superior. Não há cura para este tipo de problema, mas o acompanhamento multidisciplinar, com apoio pedagógico, psicológico e fonoaudiólogo, permitirá ao disléxico superar, na medida do possível, o comprometimento na escrita e na leitura.

Quais os principais sinais de dislexia?

Os sintomas da dislexia podem variar segundo a intensidade do transtorno e a idade em que o quadro é diagnosticado. Os mais habituais são:

- dificuldade para soletrar;

- leitura silabada;

- a criança não entende o que ouve;

- problemas para associar os fonemas às letras e sílabas;

- inversão, diminuição ou acréscimo de letras às palavras;

- problemas com a coordenação motora;

- dificuldades para decorar a tabuada e conceitos matemáticos;

- a criança não gosta de ler, especialmente se é em voz alta;

- a escrita é lenta e desordenada.

É importante entender que um sintoma isolado não é sinal de dislexia, mas sinais persistentes devem ser avaliados por um psicólogo especializado em dislexia.

Fonte: Mundo Psicólogos