Considerando o cenário de crescimento da área de avaliação psicológica nos mais diversos contextos e a relação histórica existente entre a psicologia e a Educação, torna-se necessário problematizar as possibilidades de aproximação do processo de avaliação psicológica com o contexto escolar, considerando que este possui especificidades e complexidades que devem ser consideradas.

Historicamente, a atuação do psicólogo na educação esteve fundamentada no mau uso dos testes, fazendo do psicólogo um mero perito que diagnosticava as crianças e nomeava suas disfunções. Os aperfeiçoamentos em avaliação psicológica relacionados aos novos instrumentais e capacitação dos profissionais da área possibilitaram o surgimento da avaliação assistida e de seu desenvolvimento também no contexto escolar.

Os principais objetivos dessa forma de avaliação neste contexto é promover uma avaliação psicológica mais dinâmica e flexível, através do uso de estratégias instrucionais durante a avaliação, de forma que seja revelado o desempenho potencial do estudante avaliado em situações de aprendizagem cooperativa, fornecendo dados descritivos de seu processo de aprendizagem, favorecendo intervenções mais efetivas. Nesta forma de avaliação busca-se explorar as riquezas que o sujeito possui, ao invés de se limitar apenas ao que o teste investiga. Ressalta-se, portanto, a importância de se desenvolver este novo método avaliativo, lembrando-se sempre dos motivos de se avaliar: avaliar para diagnosticar não é o suficiente, a boa avaliação deve trazer uma compreensão que forneça bases para as futuras intervenções.

Referências

LINHARES, M.B.M. Avaliação Assistida: Fundamentos, Definição, Características e Implicações para a Avaliação Psicológica. psicologia: teoria e pesquisa, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 023-031, 1995.

Autora: psicologia.com.br/colunista/15/" target="_blank">Stéfany Bruna