Uma fase extremamente significativa para a formação e o desenvolvimento da criança é a escolarização. Neste momento, a criança é exposta a situações sistemáticas de aprendizagem para assim, aprender o arsenal cultural e se desenvolver. Tendo em vista a importância deste momento para a criança, este é um período que deve ser valorizado, incentivado e garantido com qualidade pelos cuidadores da criança e, sobretudo, pelo Governo.

Atualmente observa-se grandes problemas para efetivação dos objetivos da educação, ocorrendo duras críticas em torno das políticas públicas para esta área. Na busca de soluções procura-se sempre uma causa e, assim, elege-se os culpados: alunos desinteressados, professores incompetentes, crianças com "pobreza cultural", crianças com transtornos de aprendizagem, etc. Sem desconsiderar absolutamente a existência de transtornos, o que se vê é um superdiagnostico que vem mascarar as raízes do problema. Individualizamos a questão e culpabilizamos nossas crianças ou professores por toda incompetência... Fugimos do problema e deixamos a solução entregue às pílulas.

Não! A culpa não é do disléxico, nem dos pais pobres, muito menos da professora mal formada. Não individualizemos um problema que é, sobretudo, social. Uma questão tão complexa exige uma análise acurada de todo o sistema que fundamenta as complexas relações que se dão na escola.

Autora: psicologia.com.br/colunista/15/" target="_blank">Stéfany Bruna