Relações afetivas estáveis estimulam a saúde mental e física e até prolongam a vida. Pesquisa da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, mostrou que homens idosos com muitos amigos têm no sangue uma concentração muito menor da substância interleucina-6 (que causa inflamação e é considerada fator de risco para doenças cardiovasculares), em comparação com os homens mais solitários, da mesma faixa etária.

O fato, porém, é que nem todos têm facilidade para manter relações de amizade. Um dos fatores que influi nessa capacidade é a experiência vivida na infância. Pesquisas com ratos conduzidas pelo neurocientista Michael Meaney, da Universidade McGill, no Canadá, comprovam que o carinho que recebemos quando pequenos pode influenciar sensivelmente o comportamento na idade adulta.

Comparando roedores que haviam sido bastante cuidados e muito lambidos pelas mães aos que não haviam tido o mesmo tratamento, o pesquisador verificou que os primeiros apresentavam menos ansiedade e estresse ao enfrentar situações difíceis mais tarde. Em 2004, a equipe de Meaney constatou que a expressão do gene para o receptor do hormônio do estresse se altera conforme os tipos de cuidados que os ratos recebem quando filhotes.

Fonte: UOL

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