No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) lançaram neste mês uma campanha para orientar profissionais e a população e descontruir o preconceito em torno do suicídio e suas causas, além de instruir os médicos a identificar e tratar seus pacientes.

Segundo dados da OMS, mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano em todo o mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. No Brasil, as taxas de suicídio são de 15 casos a cada 100 mil habitantes para os homens e 8 casos a cada 100 mil habitantes para as mulheres.

Segundo o presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva, quase 100% das pessoas que cometem suicídio hoje têm doença mental, e a maioria delas deixa de procurar um especialista para receber o tratamento.

— As pessoas não têm coragem de dizer a ninguém, procurar um psiquiatra ou até mesmo aceitar a doença. É um estigma que as pessoas têm de se preocupar com o que os outros vão achar dela.

Só falar não é suficiente

Conforme explica o presidente da ABP, a falta de instrução da população ainda é um dos principais fatores que atrapalha o tratamento correto de pessoas com doenças mentais. "A gente ouve bastante que falar é importante, mas não é só falar que resolve", diz Silva.

— A gente precisa falar no sentido de não guardar para si. E isso é só o primeiro passo de uma série de ações que precisam ser desenvolvidas para que as pessoas tratem ou tenham aceso a esse tratamento. Não adianta eu virar para alguém e falar para a pessoa ser firme. A gente tem que localizar a origem para poder tratar.

O impacto dos números foi a principal motivação para que a parceria entre o CFM e a ABP fosse realizada.

Fonte: R7

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