Atualmente, a motivação é vista como um progresso imprescindível na aprendizagem dos alunos em sala de aula, uma vez que o professor ao adentrar no ambiente escolar vai enfrentar grandes desafios e muitas tarefas vindas do contexto educacional. Desse modo, é na sala de aula que o professor vai ser capaz de expandir e desenvolver as potencialidades dos alunos, este processo se dá com base nas relações que se constituem em sala de aula.

De fato, a motivação pode ser entendida como um processo, é aquilo que incita uma conduta, que sustenta uma atividade progressivamente e canaliza essa atividade para um dado sentido. Considerando que a motivação se tornou um grande problema na educação, quando houve uma simples constatação de que em similaridade com outras situações, sua ausência representa uma queda de investimento no pessoal e no desempenho de atividades no cotidiano escolar.

O Psicólogo Escolar atua primordialmente, enquanto educador e cabe a este contribuir no processo de humanização do espaço da sala de aula com a elaboração de projetos, atuando juntamente com o professor, tendo intuito de ampliar sua consciência em relação ao seu papel e identidade profissional.

No tocante a atuação profissional da psicologia envolve temáticas como o desenvolvimento de motivações, crenças, atitudes e comportamentos relacionados à realização das crianças. Nesse sentido, com o avanço da idade e a elaboração de estratégias para o processamento de novas informações, tendo em vista as influências sociais e as diferenças individuais.

Nessa perspectiva, o psicólogo deve considerar os fatores contextuais, sociais e psicológicos como influenciadores da relação de vínculo das experiências de realização como a de autoavaliação e os comportamentos de seguintes de realização, girando em torno da construção da motivação e da resposta da opinião do aluno, além disto, avaliar as influências sociais e ambientais na reação dos alunos às experiências de realização.

Para que haja motivação, o psicólogo deve olhar não para o que a criança não tem e não sabe, mas para o que ela possui aptidão para fazer. Assim, deve se articular o processo de avaliação/intervenção a partir daquilo que todos apresentam como dados concretos, já conhecidos, como entendem e agem nas situações apresentadas.

Com a criação de uma nova relação pedagógica, do qual se parta de intervenções onde favoreçam a uma cultura de formação continuada para auxiliar os professores a designarem suas tarefas de educador não só com a razão, mas com seres de relação, e como profissionais e pessoas humanas vinculados a si mesmo, ao outro e à totalidade.

Portanto, o psicólogo escolar está na instituição para atender as demandas do aluno ou da comunidade acadêmica, não para realizar atendimentos clínicos dentro da escola, no entanto, articular aquelas demandas trazidas dentro do contexto escolar.

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Sobre Autora: Mara Dantas Pereira, graduanda em psicologia pela Universidade Tiradentes (UNIT); Aracaju; Sergipe; Membro da LIPT – Liga de Psicanálise Tiradentes; E-mail: maradantaspereira@gmail.com.

REFERÊNCIAS:

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