Evento, com apoio do CFP, acontece nos dias 9 e 10 de agosto no Colégio Aplicação da Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Fronteiras, Perspectivas e Identidades. Esse é o tema do IV Seminário de psicologia Povos Indígenas e Direitos Humanos na Região Norte, que acontecerá nos dias 9 e 10 de agosto, em Boa Vista, no Colégio Aplicação da Universidade Federal de Roraima (UFRR).

Organizado pelo Conselho Regional de psicologia do Amazonas/Acre/Rondônia e Roraima (CRP-20), o evento tem como objetivo servir de espaço de interlocução horizontal entre profissionais da psicologia e Povos Indígenas, assim como dialogar com profissionais e não-indígenas que possam auxiliar nesse processo de troca de experiências, articulação e construção de saberes sobre psicologia, Direitos Humanos e Povos Indígenas na Amazônia.

O evento conta com o apoio do Conselho Federal de psicologia (CFP) e terá a participação do conselheiro e integrante da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Autarquia, Paulo Maldos, que estará na mesa temática "Atuação da psicologia com os povos Indígenas".
Além de mesas temáticas sobre Atuação da psicologia com os povos Indígenas, Fronteira e Migração: Identidades em Transformação, acontecerá a apresentação do livro "Tentativas de Aniquilamento de Subjetividades LGBTIs", publicação recentemente lançada na sede do CFP. Confira aqui o livro.

Campanha CDH Itinerante

Durante a realização do IV Seminário de psicologia Povos Indígenas e Direitos Humanos, no dia 10 de agosto, haverá atividade itinerante da CDH do CFP com a campanha #DiscursoDeÓdioNão. O tema abordado será sobre Migração.

Roraima vem recebendo muitas(os) venezuelanas(os), que cruzam a fronteira dos dois países. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), entre 2015 e março de 2019, o Brasil registrou mais de 103 mil solicitações de refúgio e de residência temporária. A maioria das(os) migrantes entra no País pela fronteira norte do Brasil, no estado de Roraima, e se concentra nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, capital do estado. Isso tem gerado também ataques de xenofobia por parte de alguns habitantes locais contra as(os) venezuelanas(os).

Dia Internacional dos Povos Indígenas: há o que comemorar?

Às vésperas do "Dia Internacional dos Povos Indígenas", data celebrada em 9 de agosto, que, por sinal, será tema da primeira mesa de trabalhos do IV Seminário de psicologia Povos Indígenas e Direitos Humanos, os povos tradicionais não têm muito o que comemorar. As violências contra essa população têm aumentado.

Em julho, um incêndio destruiu a principal e mais antiga casa de reza dos Guarani e Kaiowá, localizada na Aldeia Jaguapiru na Reserva Indígena de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande (MS). No dia anterior, outro incêndio atingiu a aldeia Naô Xohã, do povo Pataxó de Brumadinho (MG). A aldeia fica em uma área de 370 hectares coberta com Mata Atlântica. A CDH manifestou profunda indignação e tristeza com os referidos acontecimentos.

Já na semana passada, um grupo de garimpeiros fortemente armado invadiu a Terra Indígena Waiãpi, no Oeste do Amapá, atacando esta etnia e matando uma das lideranças indígenas do referido povo, Emyra Waiãpi. As Comissões de Direitos Humanos do CFP e CRPs publicaram nota, demonstrando solidariedade e exigindo rápida ação do Estado brasileiro.
O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) vem denunciando as constantes violações de direitos básicos às comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, entre outros). Em dezembro do ano passado, o colegiado publicou um relatório minuciando essas agressões.

Serviço

IV Encontro de psicologia, Direitos Humanos e Povos Indígenas da Região Norte

Data: 9 a 10 de agosto de 2019

Local: Colégio Aplicação da Universidade Federal de Roraima (UFRR)

Mais informações: https://crp20.org.br/?p=6&n=649 atendimento@crp20.org.br

Fonte de texto: psicologia-povos-indigenas-e-direitos-humanos/" target="_blank"> site.cfp.org.br