Sentir medo da escuridão ou de dormir no quarto sozinho à noite são situações consideradas normais durante a infância, porém, quando o medo é intenso e chega a ser irracional se trata de nictofobia. Essa fobia pode ultrapassar a fase de criança e estar presente na vida adulta. Em muitos casos, o medo pode não estar relacionado com o escuro em si, mas com supostos perigos ocultos que ocorrem no contexto da noite, principalmente se a pessoa estiver sozinha.


Segundo o psicólogo, Leomar Junio Pinto Lopes, antes de entender a fobia é necessário compreender o que é o medo e a fobia por si só. O medo é uma emoção natural do ser humano frente a algo que é perigoso ou desconhecido, é uma emoção defensiva que o ser humano precisa sentir. Já a fobia é quando o medo se torna anormal e passa daquilo que é natural, tirando da ordem e desorganizando. Como há vários tipos de fobias, a nictofobia é um medo anormal, acentuado dos locais escuros.


As causas da nictofobia podem ser diversas, como uma experiência traumática sofrida pela pessoa e relacionada com a escuridão ou a noite; pode ter sido provocada por uma memória ruim ou uma visão distorcida do que realmente é estar no escuro; ou pode se originar devido ao que a psicologia chama de condicionamento vicário que ocorre quando a pessoa adquire o medo do escuro depois de ver como outra pessoa reage com essa mesma emoção em uma situação desse tipo.

Os sintomas mais comuns da nictofobia são:


Ficar nervoso em qualquer ambiente escuro;

Necessidade de dormir com uma luz acesa;

Relutância em sair à noite;

Experimentar sintomas fisiológicos de ansiedade que incluem: um aumento da frequência cardíaca, transpiração, tremores, sensação de desconforto, náuseas, dores de cabeça ou diarreia.

De acordo com Leomar, a nictofobia pode atrapalhar o desenvolvimento escolar da criança. "O medo patológico atrapalha a vida cotidiana, no caso da criança como a vida cotidiana é brincar e ir à escola, normalmente, o desempenho na escola será alterado porque a qualidade de sono será reduzida devido a criança não dormir bem no escuro. Então, a criança pode começar a ter notas baixas na escola, problemas de vínculo com outras crianças...Esse medo exagerado atrapalha a criança em suas relações, nos seus afazeres, com a família, com seu meio social em si".

Nesse sentido, o psicólogo dá dicas do que os pais podem fazer para amenizar as situações de nictofobia. "Os pais devem ajudar a criança e não ridicularizar o medo dela, tentar entender esse medo, pois, se há esse medo é um sinal de alguma coisa. Os casos de nictofobia que é um medo exagerado, algo está acontecendo na vida da criança, não é um medo normal que uma criança pequena vai ter mesmo do escuro, é um medo mais acentuado. O melhor auxilio dos pais nessas situações é procurar uma ajuda profissional", explica.

Tratamento


Segundo o psicólogo Leomar, quando a criança vai para a terapia psicológica o profissional primeiramente vai trabalhar o trauma da criança, ou seja, perceber quais são os motivos da nictofobia através da ludoterapia. Além disso, ele explica que a criança vai brincar, pois, o brincar já é terapêutico e se usa técnicas para que a criança consiga relaxar e entender seus próprios problemas e o que a levou a ter a fobia.


"Em resumo se faz algo parecido com a terapia com adultos, a ressignificação dos traumas, ou seja, você não tira o trauma da pessoa você dá um novo sentido. Só que a terapia com adultos não tem a ludoterapia mas, uma psicoterapia convencional onde a pessoa senta e fala sobre todos os seus problemas", esclarece Leomar.


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Fonte: psicologia-online.com/nictofobia-o-que-e-sintomas-causas-e-tratamento-275.html" target="_blank">psicologia-Online e Leomar Junio Pinto Lopes CRP: 09/9733

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