A psicoterapia Breve ou somente PB como também é conhecida, tem seus fundamentos na psicanálise e apesar do nome desta abordagem sugerir que é algo instantâneo, esta não é sua única característica. Além da curta duração, os objetivos também são limitados, ou seja, tem como objetivo lidar com demandas específicas. Este tratamento psicológico foi desenvolvido na década de 1930 por alguns psicanalistas e teóricos utilizando adaptações das técnicas e teorias de Freud.


O uso da técnica psicologia Breve está cada vez mais amplo, pois, se trata de uma modalidade que possibilita o acesso a psicoterapia para mais pessoas. A PB também vem ganhando um espaço maior entre os profissionais que atendem em consultórios particulares, planos de saúde e hospitais. Isso porque existem pacientes que possuem queixas específicas e conhecem a necessidade de buscar um profissional, mas, devido a falta de tempo ou condições financeiras, não se sentem motivados a iniciar um processo terapêutico de longo prazo, sendo esse tipo de psicoterapia uma boa alternativa.

De maneira geral, esta abordagem é composta por fases, sendo a inicial caracterizada pela avaliação psicodiagnóstica, na qual, ajuda a identificar os padrões gerais de funcionamento do paciente e do meio em que ele está inserido. Nesta fase é elaborado uma hipótese psicodinâmica e um planejamento terapêutico, ou seja, identifica-se as queixas principais, o foco que será trabalhado, objetivo que se pretende alcançar com a terapia, as estratégias que serão aplicadas, além da duração do processo, podendo ser preestabelecido ou não, variando de acordo com os objetivos.

Na fase medial, o terapeuta responsável pelo tratamento põe em prática as técnicas planejadas, trabalhando o foco identificado na primeira fase, fazendo também a manutenção e adaptação destas estratégias e revisão de meio de processo sobre o trabalho realizado até o momento.

Já na fase chamada final ou terminal, como o próprio nome já diz, o processo caminha para sua finalização, tendo em vista o tempo de duração ou a data pré-marcada com o paciente. O profissional também realiza junto com a pessoa que está na reta final do tratamento uma ‘retrospectiva’ da psicoterapia, analisando o sentido do trabalho que foi executado. Além disso, é importante fazer um ‘follow-up’ com o paciente, sendo o acompanhamento dos objetivos que foram alcançados e como se mantiveram após o término da Psicoterapia Breve. Além de tudo isso, o terapeuta deve observar os resultados obtidos e, se for preciso realizar a adequação das técnicas.


Levando em consideração os termos técnicos, a Psicoterapia Breve foi dividida por certos autores em três modelos:

Estrutural ou do Impulso – tem propósito e tempo estabelecidos previamente e por meio de entrevistas e testes psicológicos se desenvolve um diagnóstico para um conflito primário, que será associado à queixa atual do paciente. Com estes dados, será elaborado o trabalho terapêutico, onde o terapeuta age de forma ativa e seletiva com o paciente.

Relacional – neste modelo há uma preocupação relativamente menor com a técnica, com limites rígidos de tempo e com critérios de seleção, dando maior importância à experiência, a relação do ‘aqui e agora’, onde o terapeuta age como observador participante do caso.

Integrativo – neste tipo de abordagem o terapeuta faz uso de diferentes recursos, que serão analisados e adaptados conforme a necessidade do paciente, sendo algo priorizado neste modelo.


Vale ressaltar que apesar do tempo e dos objetivos limitados da Psicoterapia Breve, não existe uma ‘resolução instantânea’ de problemas. Assim como em outros tipos de psicoterapia, o processo envolve técnicas, planejamento e dedicação tanto do terapeuta quanto do paciente.

Se você atua como psicólogo (a) e deseja aprofundar seus estudos a ponto de capacita-lo para atuar nas áreas da saúde, o Incursos tem a pós-graduação certa para você! Matricule-se na especialização em psicologia da Saúde e Hospitalar do psicologia-da-saude-e-hospitalar/" target="_blank">Incursos, aperfeiçoe suas técnicas profissionais e esteja preparado (a) para fazer a diferença no mercado de trabalho.



Fonte: psicologiaacessivel.net/2015/02/26/faces-da-psicologia-psicoterapia-breve-sabe-como-funciona/" target="_blank">psicologia Acessível

Imagem: 123RF