A psicooncologia é uma área que alinha a psicologia e a oncologia com o intuito de compreender e estudar as variáveis do comportamento associado ao processo de adoecimento e cura, e as intervenções ao longo de todo este mesmo processo. Este setor de atuação profissional surgiu na década de 1970, com a psiquiatra Jimmie Holland, no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center em Nova Iorque.

A psiquiatra desenvolveu um programa de atendimento, pesquisa e treinamento para investigar os aspectos emocionais envolvidos no processo de doença e tratamento do câncer e avaliar a interferência na vida dos pacientes. Dessa forma, Jimmie visava a melhor maneira de intervenção para reduzir o sofrimento do paciente durante o tratamento oncológico e também aumentar sua qualidade de vida.

Nesse sentido, o trabalho do profissional de psicologia em um ambulatório de oncologia é dar suporte emocional de forma que o paciente consiga expressar seus sentimentos, compreender as dificuldades enfrentadas no momento vivido, reconhecer as situações que o mobilizam emocionalmente e instrumentalizá-lo para lidar da melhor maneira possível com as alterações e limitações impostas pela doença e pelo tratamento. Sendo assim, o acompanhamento psicológico é recomendado, normalmente, quando o psicólogo nota certa dificuldade de adaptação e adesão aos tratamentos propostos e quando ocorrem sintomas depressivos e/ou ansiosos.

A família do paciente oncológico também é fundamental nesse processo de tratamento. Devido ser uma doença complexa, os familiares geralmente estão muito envolvidos , tanto no quesito operacional quanto emocional; e é responsabilidade da equipe de saúde ter um olhar cuidadoso com essa família ao longo do tempo em que o paciente passa por tratamento. O psicooncologista pode abordar o paciente e sua família, tanto individualmente como em grupo, dependendo de alguns aspectos clínicos e institucionais.

Uma dúvida muito recorrente sobre a prática do psicólogo em oncologia, é se sentir tristeza e angústia é algo normal durante o tratamento. E a resposta de quem atua nesse meio é sim, mas, isso vai depender da intensidade e da duração destes sentimentos. Se esses ficarem muito intensos, ao ponto de interferirem no funcionamento do paciente e na adesão ao tratamento, é fundamental procurar ajuda especializada.

Outra atribuição do psicooncologista é oferecer apoio emocional e suporte aos profissionais de saúde que lidam diariamente e intensamente com os pacientes oncológicos. Algumas ações institucionais, como grupos de apoio, oficinas e aulas, são exemplos de ações de cuidado com o profissional.

"A experiência do câncer é geralmente desafiadora, independente do local, da extensão, do prognóstico e dos resultados do tratamento. Todas essas transformações na rotina do paciente podem contribuir para o desequilíbrio psicológico dele e desencadear diversas reações emocionais. Por essas razões, o tratamento psicológico presta inestimável ajuda no enfrentamento do tratamento oncológico", ressalta Laura Campos, Psicóloga-oncológica do Americas Centro de Oncologia Integrado.


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Fonte: Centro Médico Paulista

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